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Clima tenso no STF: Fux critica Dino por intervenção durante voto de Moraes

Por: Redação

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta terça-feira (9) uma intervenção do ministro Flávio Dino durante o voto do relator Alexandre de Moraes, em julgamento que analisa possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Segundo Fux, havia um acordo prévio entre os ministros para que não houvesse interrupções nos votos, devido à extensão e complexidade do julgamento.

“Conforme nós combinamos na sala aqui do lado, alguns ministros votariam direto, sem intervenção dos colegas — muito embora tenha sido muito própria essa intervenção do ministro Flávio Dino. Mas eu gostaria de cumprir aquilo que nós combinamos no momento de votar”, afirmou Fux.

O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, rebateu e explicou que, no caso da fala de Dino, a intervenção havia sido autorizada pelo relator. Dino, por sua vez, respondeu de forma irônica: “Mas eu não vou conceder [o aparte] porque o voto é muito extenso, e a gente perde o fio da meada, principalmente quando eventualmente apresenta uma certa discordância”. Em seguida, completou: “Vossa excelência pode dormir em paz”, dirigindo-se a Fux.

A interrupção de Dino ocorreu enquanto Moraes explicava detalhes sobre operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno das eleições de 2022. Segundo o relator, as ações teriam causado obstruções em rodovias e dificultado o deslocamento de eleitores. Moraes citou vídeos publicados nas redes sociais que comprovariam as operações e afirmou que, à época, determinou a suspensão imediata das abordagens da PRF.

Flávio Dino, no entanto, ponderou que as ações da PRF tinham um “intuito dissuasório”, pois poderiam levar eleitores a desistirem de votar com receio de serem parados pelos policiais. “Às vezes, por conta de uma lanterna do carro quebrada, o eleitor poderia preferir não sair de casa por medo de multas”, argumentou.

Após o impasse, Fux reforçou que pretende seguir o acordo inicial de não interromper os votos, mantendo o tom crítico à postura de Dino. O julgamento segue com a análise dos votos dos demais ministros.

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