A ex-governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, divulgou nota à imprensa após ser condenada pela Justiça Federal em ação de improbidade administrativa envolvendo um esquema de propina na construção da Arena das Dunas, em Natal, obra realizada para a Copa do Mundo de 2014.
A decisão também condenou o marido da ex-governadora, Carlos Rosado, o ex-secretário Demétrio Torres, o sindicalista Luciano Silva e a construtora Coesa (antiga OAS). O Ministério Público Federal foi responsável pela ação, deflagrada a partir da Operação Mão na Bola.
Na nota, a defesa de Rosalba, Carlos Rosado e Demétrio Torres afirmou que a decisão “não reconheceu qualquer desvio de recursos e afirmou não ter havido sobrepreço na obra da Arena das Dunas”.
Segundo os advogados, “sem superfaturamento não há margem para a geração de ‘caixa 2’ vinculada a esse empreendimento exemplar”. A defesa ainda argumenta que a condenação se baseia “em relatos frágeis e delações contraditórias, já anuladas pelo Supremo Tribunal Federal”.
Os representantes dos réus também informaram que apresentaram Embargos de Declaração pedindo a nulidade da decisão e a remessa do processo à Justiça Estadual.
“A defesa reafirma sua confiança na Justiça, que reconhecerá a fragilidade das acusações comprometedoras da honra, da trajetória pública e da vida pessoal dos nossos clientes”, diz a nota.
Enquanto isso, o Ministério Público Federal já recorreu para aumentar os valores de multa e ressarcimento e para que seja aplicada a pena de perda de função pública, inclusive com possibilidade de cassação de aposentadoria dos condenados.