O rapper Oruam, de 25 anos e filho de Marcinho VP, um dos fundadores da facção Comando Vermelho, criticou duramente a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28). Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que os mortos no confronto são “reflexo da sociedade brasileira”.
Oruam chamou a ofensiva de “a maior chacina da história do Rio” e afirmou que a mídia e o Estado incentivam o “banho de sangue”. Ele declarou: “Matar bandido vende muito. Essa é a política que mais vende no Rio e no Brasil. A sociedade gosta do banho de sangue”.
Para o rapper, a favela é usada como bode expiatório por “verdadeiros bandidos, que vivem em mansões e se beneficiam da política”. “O crime está em Brasília. O favelado é só reflexo da sociedade”, disse.
Oruam ainda se colocou no mesmo contexto das vítimas da operação: “Meu nome é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam… Eu sou reflexo da sociedade, meu pai é reflexo da sociedade, e o bandido que está apontando pistola e fuzil também é reflexo da sociedade”.
As declarações de Oruam ganharam grande repercussão nas redes sociais e provocaram discussões sobre a violência nas favelas e a atuação das forças de segurança no Rio de Janeiro.






