O Governo Federal reconheceu a situação de emergência em Mossoró e em outras 64 cidades do Rio Grande do Norte afetadas pela estiagem prolongada. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (25).
Com a falta de chuvas e os impactos diretos na zona rural, a Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seadru) orienta os agricultores sobre como agir neste momento de escassez hídrica. O titular da pasta, Faviano Moreira, destaca que o planejamento é essencial para reduzir os prejuízos no campo.
“Orientamos que, neste período, cada agricultor faça seu planejamento interno com relação ao quantitativo de animais e à ração de forragem. Também discutimos alternativas de reuso da água e outras estratégias que ajudam o homem e a mulher do campo a atravessar esse momento difícil”, explicou o secretário.
O reconhecimento da emergência, solicitado pelo Governo do Estado, garante apoio às ações emergenciais de convivência com a seca, como o abastecimento de água potável, perfuração e instalação de poços e o transporte por carros-pipa, além de medidas para reduzir os efeitos da estiagem sobre as atividades econômicas.
Faviano reforçou que o município tem adotado medidas preventivas desde o início do ano. “Por meio do programa Mossoró Rural, estamos oferecendo assessoria técnica aos agricultores, além da manutenção diária de poços, prevendo uma convivência melhor com o semiárido”, disse.
Segundo o secretário, a perda de safra em Mossoró neste ano já chega a 90%. “É um momento desafiador, com o rebaixamento de poços e a diminuição do nível do rio Mossoró, o que afeta diretamente as famílias da zona rural”, completou.
A decisão estadual que embasou o decreto federal de emergência tem como base relatórios técnicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), da Caern, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE) e da Emparn.
