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Ibama abre investigação após mais de 3,5 toneladas de lixo serem recolhidas de praias do RN

Por: Redação

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) abriu nesta sexta-feira (23) uma investigação para apurar o lixo encontrado nas praias do litoral sul do estado desde quarta-feira (21). A informação foi confirmada pelo superintendente estadual, Rondinelle Oliveira.

O órgão nacional explicou que essa investigação é um acompanhamento secundário e que a investigação principal, neste momento, está a cargo dos órgãos estaduais. Foi recomendado também a limpeza imediata das praias. O Ibama não deu mais detalhes sobre o tema.

Em nota, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) disse que entrou em contato com os municípios afetados pelo lixo e com a os governos da Paraíba e Pernambuco “para verificar a ocorrência de algum incidente ambiental que possa ter ocasionado o aparecimento de resíduos sólidos” no RN.

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O Idema disse ainda que “recomenda que os municípios afetados recolham o material o mais rápido possível, evitando que retornem aos oceanos e provoquem outros prejuízos enquanto o ocorrido não é esclarecido”.

Pelo menos 3,5 toneladas de lixo foram recolhidos nas praias do estado até esta sexta-feira (23) em praias de Baía Formosa, Tibau do Sul, Nísia Floresta e Canguaretama.

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente disse que “embora a responsabilidade pela gestão de resíduos seja dos municípios, o Ministério do Meio Ambiente apoia o combate ao lixo no mar a partir de duas frentes de ação: a prevenção, por meio do Programa Lixão Zero, de forma a evitar que o lixo chegue nos rios, na praia e no mar, com medidas como a coleta seletiva, logística reversa e a reciclagem, e a recuperação ambiental, por meio de ações de limpeza de rios e praias”.

“De forma a evitar aglomerações, o Ministério do Meio Ambiente aguarda a normalização das condições sanitárias para realização de mutirões, mas prossegue com ações de fiscalização, como a megaoperação realizada recentemente pelo Ibama no Porto de Santos, que resultou em mais de 70 embarcações vistoriadas”.

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Para auxiliar na investigação do Ibama, o município de Tibau do Sul enviou um relatório ao órgão nesta sexta que aponta que o trecho atingido pelo lixo no município é de desova de tartarugas. Segundo o relatório, foram encontrados materiais como fragmentos de madeiras, garrafas pets, recipientes plásticos, isopor, sacos plásticos, máscaras descartáveis e seringas.

Além do Ibama, o relatório desenvolvido por Tibau do Sul também será entregue ao Ministério Público Federal e à Capitania dos Portos, para investigação da origem do lixo. O município informou que as equipes conseguiram limpar nesta tarde de sexta-feira todo o trecho que foi afetado na Praia do Minas e que iniciou a limpeza na Praia de Sibaúma.

Relatório em Tibau do Sul

Segundo o relatório, a Praia das Minas é ponto de desova de tartarugas. O documento aponta que quantidade de lixo plástico que foi encontrado pode se tornar um risco a essas espécies. “Pode-se presumir que os resíduos foram trazidos até a costa por meio da ação das ondas e do fluxo da maré. Em sua grande maioria, materiais plásticos, por apresentarem alta flutuabilidade, sendo assim de fácil deslocamento”.

“Diante do cenário narrado, é possível afirmar que a concentração elevada dos resíduos no ambiente, acarretará danos a toda biota marinha. Como citado anteriormente, a ingestão dos resíduos pode acarretar a morte dos animais, proporcionando um desequilíbrio para o ecossistema local.”

Segundo o documento, “os danos gerados pelos impactos dos resíduos ao longo da costa, como a mortalidade de tartarugas, poderá promover um prejuízo no intervalo de tempo do ciclo de recomposição das espécies encontradas no local”.

De acordo com o Projeto Tamar, a espécie de tartaruga que desova na região é a Eretmochelys Imbricata, popularmente conhecida como Tartaruga de Pente, espécie que está “criticamente em perigo” em relação à extinção.

O relatório indica ainda que “boa parte dos resíduos se mostram oriundos da atividade humana, de caráter doméstico, hospitalar e comercial”, e que portanto “acredita-se que os mesmos tenham sido depositados de forma criminosa”.

Por conta do aparecimento do lixo, a secretaria Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Mobilidade recomendou a monitoração o trecho para detectar uma possível a aparição de novos materiais.

G1 RN

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