A Justiça do Rio de Janeiro absolveu, nesta terça-feira (21), todos os réus do caso do incêndio no Ninho do Urubu, ocorrido em 2019 e que resultou na morte de 10 jovens atletas da base do Flamengo. A decisão foi proferida pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
As vítimas dormiam em contêineres usados como alojamento provisório, quando um curto-circuito em um ar-condicionado teria iniciado o fogo. O material dos módulos contribuiu para que as chamas se espalhassem rapidamente.
Entre os 11 acusados estavam o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, ex-dirigentes do clube e representantes de empresas prestadoras de serviço. Sete foram absolvidos agora, e quatro já haviam sido absolvidos anteriormente.
Segundo o magistrado, não houve comprovação de culpa individual nem nexo causal entre as ações dos réus e o incêndio. O juiz também afirmou que a denúncia do Ministério Público foi genérica e não individualizou responsabilidades.
Em nota, a defesa da empresa fabricante dos contêineres afirmou que a decisão reconhece a falta de provas técnicas que sustentassem as acusações.
