O coordenador de Regulação de Leitos da Região Oeste do Rio Grande do Norte, Dr. Igor Aguiar, denunciou nesta segunda-feira (20) que hospitais da região, incluindo o Hospital Tarcísio Maia em Mossoró, têm negado leitos de UTI por motivos como falta de limpeza e ar-condicionado quebrado. Segundo ele, essas negativas têm provocado sobrecarga nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que recebem pacientes em estado crítico.
“A gente fica no verdadeiro clamor e pede que as autoridades providenciem soluções. As justificativas para bloqueios de leitos, nós consideramos não plausíveis. São situações como falta de material de higienização ou quebra de ar-condicionado. Como a gente está falando de vidas, não se pode limitar a assistência por motivos como esses”, afirmou o coordenador.
Dr. Igor destacou ainda que a situação agrava o sofrimento dos pacientes e das famílias. “Existe a porta de entrada (UPA), onde o paciente é primeiramente assistido, e existe o destino final (Hospital). Nessa porta de entrada, não se deveria passar mais do que seis horas, mas há pacientes que permanecem vários dias. A central de leitos fica muito comovida com isso, porque não existe vaga disponibilizada para oferecer a UTI. O paciente fica na sala vermelha, assistido pelo médico, mas o profissional também fica sobrecarregado, e a família sofre junto”, explicou.