De acordo com o coordenador de Frente de Massas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Paulo Neto, aproximadamente 1.100 famílias estão mobilizadas para ocupar 11 terras em todas as regiões do Rio Grande do Norte, a partir da próxima sexta-feira. Por estratégia, os militantes não estão revelando o tipo de área ou o local das ações. As ocupações fazem parte de uma ação coordenada em todo o país para cobrar desapropriações e protestar contra o agronegócio.
No entanto, o presidente da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Faern), José Vieira, considera os atos do MST como “terrorismo”. “Toda invasão é criminosa, porque você está invadindo o que é do outro. Então, essa ação [do MST] é criminosa, e também consideramos ela terrorista. Essa é uma ação terrorista de um grupo terrorista”, disse Vieira.
Na manhã de segunda-feira (17), cerca de 300 militantes sem terra realizaram uma caminhada até a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Natal, ocupando o prédio e permanecendo por tempo indeterminado.