Neste sábado (26), um mar de pessoas tomou as ruas de Roma para prestar a última homenagem ao Papa Francisco, morto na última segunda-feira (21). Em um espetáculo marcado por afeto e fé, o cortejo com o caixão do pontífice percorreu alguns dos pontos mais simbólicos da cidade, carregando emoção e reverência entre os fiéis.
O caixão de madeira clara, marcado pela cruz, pelo lema e pelo símbolo da ordem dos jesuítas, foi transportado no tradicional Papamobile branco — o mesmo utilizado em tantas viagens e audiências de Francisco ao longo de seu pontificado. O trajeto teve início na residência Santa Marta, seguiu pelo Corso Vittorio, atravessou os Fóruns Imperiais, passou pelo Coliseu e chegou até a Basílica de Santa Maria Maggiore, último destino terrestre do Papa.
A chegada à Basílica representou a realização do desejo de Francisco de descansar eternamente sob o manto da Salus Populi Romani — venerada imagem mariana que acompanhou momentos decisivos de sua vida. O local também é tradicionalmente ligado a figuras como Santo Inácio de Loyola e São Francisco de Assis.
A entrada do caixão na Basílica foi conduzida de forma solene: levado nos ombros por guardas e acompanhado por cardeais, ao som alternado de antífonas e salmos. Em uma cena comovente, crianças ofereceram cestas de flores brancas à imagem de Nossa Senhora enquanto o caixão aguardava a entrada definitiva para o sepultamento.
O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, foi o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro. Sua trajetória foi marcada pela defesa dos pobres, a busca por reformas dentro da Igreja e o diálogo aberto com diferentes culturas e religiões. Agora, ele descansa onde escolheu: no coração espiritual de Roma, sob a proteção da Salus Populi Romani.