A oposição no Senado Federal protocolou, nesta quinta-feira (7), um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa, articulada por parlamentares da base bolsonarista, ganhou força após Moraes determinar, no início da semana, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O pedido alcançou o número mínimo necessário de 41 assinaturas, com o apoio final vindo do senador Laércio Oliveira (PP-SE). A consolidação do movimento levou os senadores oposicionistas a encerrarem a obstrução dos trabalhos legislativos e a desocuparem a Mesa Diretora do Senado, ocupada em protesto desde o início da semana.
Agora, a pressão da oposição se volta para o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), responsável por decidir se o pedido será aceito e terá prosseguimento.
“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, para além das questões ideológicas”, declarou o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição.
Durante coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o momento como “histórico” e criticou duramente o ministro do STF:
“Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites. Estive com meu pai ontem e é muito duro ver uma pessoa honesta passando por tudo isso. Mas ele está firme, e isso nos fortalece.”
A decisão de Moraes contra Bolsonaro acirrou ainda mais os ânimos entre Judiciário e Legislativo, especialmente entre parlamentares alinhados ao ex-presidente.