226 – Duzentos e vinte seis. Este foi o número de crimes violentos letais intencionais no mês de Agosto no RN, registrando o mês mais violento da história do estado. Com isso, surge uma série de discussões a respeito do crime, o que poucos sabem, é que existe uma teoria econômica que discute e resolve problemas acerca disso.
A maior discussão que vem à tona, é o direito de legítima defesa do cidadão de bem. Ou seja, até onde os criminosos estão dispostos a cometer um crime, sabendo que o cidadão de bem pode possuir uma arma e reagir? É aí onde pode-se avaliar o custo de oportunidade de se cometer um crime, ou seja, saber se esse crime compensa. No Brasil, está provado que sim. Não há punição como deveria e esse número elevado de homicídios, só nos leva a concluir que os criminosos não têm nada a temer.
Há uma parte da literatura que abomina o desarmamento e outra que afirma que quanto mais armas, mais mortes. Os estudiosos da vertente contra o desarmamento argumentam de forma clara em acordo com a teoria de Gary Becker, já citada no post anterior, no qual, neste caso, destaca o custo de oportunidade de se cometer um crime, levando em conta que os indivíduos reagem aos incentivos.
Um estudo que ficou famoso no mundo todo, foi o realizado nos EUA, após a liberação das armas em 2007, o número de pessoas com porte de arma cresceu em 178% até meados de 2015. Qual o resultado disso no combate à criminalidade? A taxa de homicídios despencou no país inteiro.
“Segundo estatísticas oficiais do governo, citadas num estudo do Centro de Pesquisa para a Prevenção de Crimes, a taxa de crimes violentos caiu 25% no período e a taxa de homicídios por 100 mil habitantes saiu dos 5,6 para os 4,2, apesar do crescimento massivo do porte de armas. Os números são os mais baixos desde 1957, quando a taxa de homicídios atingiu 4,0 por 100 mil habitantes.” (Spotniks)
A justificativa para isso é que quanto mais armas nas mãos da população, menos incentivos os indivíduos têm para praticar atos criminosos. Significa que está mais difícil encontrar vítimas desprotegidas.
Nos dias atuais, 5,2% da população adulta possui licença para portar armas nos EUA. Em cinco estados (Alabama, Dakota do Sul, Indiana, Pensilvânia e Tennessee), a taxa de porte de armas por adultos está acima dos 10%. No Brasil, apenas, 0,00185% da população possui licença para portar arma, segundo o Instituto Defesa.
Aqui no Brasil, é muito fácil cometer crime. Bandidos são acostumados com covardia e sempre estão “por cima” em relação aos cidadãos de bem. Quando não estão armados, os alvos sempre são as mulheres por serem mais “frágeis”, que me perdoem as feministas de plantão.
Porém, o outro lado da literatura argumenta que quanto mais armas, mais homicídios. A justificativa é de que o criminoso, sabendo que o cidadão de bem vai estar armado, já vai com a intenção de matar, ou vice-versa, aumentando o número de homicídios e crimes violentos.
Recentemente aqui na cidade, um caso que chamou atenção foi a tentativa de um assalto em um hospital. Onde um popular, que seria vítima, estava armado e impediu a ação do bandido culminando na sua morte. São casos do cotidiano que nos trazem discussões e problemas diariamente.
Nossa cidade está entregue aos criminosos, um verdadeiro caos. Não podemos mais sentar nas calçadas, caminhar em praças, ter um direito de lazer, sem correr o risco de ser assaltado. Não temos o mínimo de segurança nem dentro das nossas próprias casas. Além disso, não podemos ter nosso meio de defesa. Hoje em dia, o criminoso está “no sossego”, as leis os favorecem e nós, cidadãos de bem, estamos à mercê disso.
E você, de qual lado você está? Quanto mais armas, mais homicídios ou o criminoso tem medo do cidadão de bem armado? É como diz um velho ditado: quando a presa está armada, o predador dorme com fome. Opinem!
