O policial penal federal Rafael Gonçalves Barbosa, de 42 anos, morreu na noite desta quinta-feira (25) em decorrência de uma possível overdose de medicamentos. A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap).
Rafael estava preso na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal, suspeito de ter matado a companheira, Maria Cláudia de Medeiros, de 29 anos, em Mossoró, no dia 29 de agosto. À época, ele afirmou à Polícia Militar que o disparo havia sido acidental.
Segundo a Seap, no dia 22 de setembro o custodiado relatou ter ingerido, de uma só vez, diversos comprimidos de um medicamento prescrito pelo psiquiatra da unidade. Ele foi atendido em dois hospitais, mas apresentou agravamento do quadro clínico e morreu às 21h41 desta quinta-feira.
O Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) foi acionado para os procedimentos legais. O advogado do policial penal também foi comunicado da morte.
O crime
Maria Cláudia foi morta dentro do quarto do casal em um condomínio no bairro Alto do Sumaré, em Mossoró. A Polícia Militar informou que Rafael efetuou o disparo com uma pistola 9 milímetros, arma funcional dele. Outra pistola, calibre .40, também foi encontrada na residência.
A Polícia Civil prendeu o agente em flagrante por suspeita de feminicídio. Ainda de acordo com a PM, foram localizados vestígios de maconha e cocaína no imóvel.
No momento do crime, a filha de 11 anos do policial, que não era filha da vítima, estava na casa e precisou ser amparada por vizinhos após presenciar a situação.