O Partido dos Trabalhadores (PT) reconheceu a vitória do presidente venezuelano Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Em uma nota oficial, o PT parabenizou o povo venezuelano pelo processo eleitoral, chamando-o de “jornada importante, democrática e sóbria”. As informações são do Poder 360.
O partido liderado por Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de Maduro manter o diálogo com a oposição para enfrentar os graves problemas da Venezuela, que, segundo a legenda, são em grande parte causados por sanções internacionais. O PT afirmou que continuará “vigilante” para assegurar que os problemas da América Latina e do Caribe sejam resolvidos sem violência ou intervenção externa. A íntegra da nota pode ser consultada aqui.
Enquanto isso, o presidente Lula ainda não se manifestou sobre o assunto. O governo brasileiro anunciou que aguardará a divulgação dos dados completos das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela antes de se pronunciar. A expectativa é que o CNE, órgão controlado pelo regime chavista, divulgue essas informações até sexta-feira (2).
A reação internacional é mista. Pelo menos 10 países das Américas não reconheceram o resultado das eleições e exigem maior transparência na apuração dos votos.
Fraude
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, reivindicou na mesma noite a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, da Plataforma Unitária Democrática (centro-direita). Machado afirmou que possui evidências de fraude eleitoral e que pode provar que González teve mais votos do que Maduro. Segundo ela, com base nas atas da eleição às quais teve acesso, González teria recebido 6.275.180 votos, enquanto Maduro obteve 2.759.256 votos. Machado prometeu divulgar essas informações nas redes sociais para garantir a transparência.
O CNE divulgou oficialmente que Maduro recebeu 51,2% dos votos (5.150.092) e González 44% (4.445.978). Outros candidatos somaram 4,6% dos votos (462.704). A participação eleitoral foi de 59%, de acordo com o CNE, que ressalta que o voto não é obrigatório e não há segundo turno.