O Senado Federal passou a alugar 79 carros SUV de luxo, equipados com teto solar e conectividade de última geração, além de uma minivan adaptada para pessoa com deficiência. O custo mensal do novo contrato é de R$ 796,5 mil, mais que o dobro do valor pago no contrato anterior, que era de R$ 377,8 mil por mês. A escalada no preço veio junto com a mudança da categoria dos veículos, que antes eram sedãs.
A informação foi divulgada pela coluna de Tácio Lorran, do portal Metrópoles. Segundo o levantamento, ambos os contratos (2023 e 2025) foram firmados com a empresa Quality Aluguel de Veículos S/A e incluem despesas com combustível, manutenção preventiva e corretiva, limpeza, seguros, taxas e impostos, mas sem motorista.
No contrato atual, válido por cinco anos, o valor global ultrapassa R$ 47,7 milhões. Já o precedente, para dois anos e meio, estava fixado em R$ 11,3 milhões. O novo edital, lançado em junho, resultou em contrato de R$ 9,5 milhões por ano. Em abril de 2023, o valor era de R$ 4,5 milhões para o mesmo período.
Os veículos contratados são 79 unidades dos modelos Chevrolet Equinox Activ Turbo 177 cv 2025 ou Chevrolet Equinox RS Turbo 177 cv 2025, além de uma minivan adaptada JAC T8 para pessoas com deficiência. No contrato anterior estavam sedãs como Toyota Corolla ou Nissan Sentra 2025, além de minivan adaptada Kia Carnival ou similar.
Se o Senado optasse pela compra dos SUVs, cada unidade sairia na faixa de R$ 242,7 mil a R$ 287 mil, conforme o modelo.
Normas internas da Casa estabelecem que apenas senadores, o diretor-geral e o secretário-geral da Mesa podem utilizar os veículos oficiais. Cada carro pode rodar apenas no Distrito Federal e entorno, até 100 quilômetros do Senado, salvo situação de emergência. O uso é estritamente profissional, sendo proibido durante o fim de semana, de sexta-feira à noite até segunda-feira de manhã, e em feriados, a menos que haja autorização do primeiro-secretário.
O contrato ainda prevê que a frota seja renovada a cada dois anos e meio, e o acordo pode ser prorrogado de 60 a 120 meses, de cinco a dez anos. Os novos veículos já estão em circulação. A Coordenação de Transportes do Senado será responsável pelo controle diário da frota, com registro da finalidade, identificação do veículo, motorista, órgão solicitante, horários, origem, destino, quilometragem e vistorias.







