A taxação de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impactará diretamente as exportações do Rio Grande do Norte ao mercado norte-americano. Entre os dez itens mais vendidos pelo estado até junho de 2025 para os EUA, oito serão taxados com a nova alíquota. Apenas a castanha de caju e os óleos de petróleo ficarão de fora do tarifaço. O decreto com as novas tarifas foi assinado nesta quarta-feira (30) e passa a valer a partir de 6 de agosto. As informações são da Tribuna do Norte.
Entre os produtos potiguares mais afetados estão peixes frescos ou refrigerados, pedras de cantaria ou de construção, produtos de confeitaria sem cacau, sal, açúcares de cana ou de beterraba, outros peixes congelados (exceto filés), produtos de origem animal não especificados, além de melões, melancias e mamões frescos.
De acordo com dados do Comex Stat, plataforma ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os Estados Unidos representaram 15,3% das exportações potiguares no primeiro semestre de 2025. O Rio Grande do Norte exportou US$ 67,1 milhões para o país no período, um aumento de 120% em relação ao mesmo período de 2024, quando o volume foi de US$ 30,5 milhões.
No ranking de exportações do estado no primeiro semestre deste ano, os cinco principais produtos enviados aos EUA foram óleos de petróleo, peixes frescos ou refrigerados, produtos de origem animal, pedras de cantaria ou de construção e produtos de confeitaria sem cacau. Juntos, eles somaram US$ 54,7 milhões.
Ainda segundo levantamento da Federação das Indústrias do RN (Fiern), as importações potiguares vindas dos EUA caíram 35% no mesmo período comparado: de US$ 41,8 milhões em 2024 para US$ 26,9 milhões em 2025.
Com a nova medida, o Rio Grande do Norte será o quinto estado brasileiro mais afetado, em volume de exportações, pela taxação do governo Trump. Os estados que mais sentirão o impacto são Ceará, Espírito Santo, Sergipe e São Paulo, onde os EUA têm participação expressiva nas vendas ao exterior, chegando a representar 51,9% das exportações no caso cearense.
