Com certeza você já ouviu falar em Hipertensão Arterial ou a famosa Pressão Alta. Porém, não é sempre que as informações sobre esta doença crônica são disseminadas de forma correta e verdadeira. Primeiramente vamos compreender o que é a pressão arterial.
A pressão arterial é entendida como a pressão que o sangue exerce nos vasos sanguíneos. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clinica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. É cada vez mais comum as pessoas apresentarem esse tipo de doença crônica devido ao estilo de vida, influenciados pelos novos costumes da sociedade, sendo considerado um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. No Brasil, o desafio para o diagnóstico precoce está sobretudo relacionado ao trabalho das equipes de Atenção Básica (AB).
A PA (pressão arterial) tem função de manter a perfusão de órgãos vitais, onde o coração impulsiona sangue para os demais órgãos e tecidos do corpo. A resistência periférica é a capacidade da parede da artéria se dilatar para a passagem do sangue. Quando o paciente apresenta hipertensão arterial o que ocorre é que a parede de suas artérias não possui tanta capacidade de dilatar-se para a passagem sanguínea. Então, quanto mais a dilatação, menor a pressão exercida. E quanto maior a contração da parede arterial, maior a pressão exercida.
Existem alguns fatores de risco que, como o próprio nome já diz, trazem riscos para o desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica ou pressão alta. Dentre os fatores de risco estão: a idade (quanto maior a idade, o risco de apresentar hipertensão tende a aumentar também), estresse, excesso de peso e obesidade, ingestão acima do limite de sal, ingestão de álcool, tabagismo, sedentarismo e dentre outros.
A HAS é classificada como primária, quando a hipertensão é desencadeada sem que tenha havido algum evento anterior; secundária, quando existe um evento que desencadeou a hipertensão; e pseudo-hipertensão, que geralmente acontece quando paciente apresenta nervosismo diante do profissional de saúde, conhecido também como a síndrome do jaleco branco. Pode cursar durante anos sem apresentar sintomas, pois é uma doença silenciosa, podendo levar também a óbito.
O tratamento para a HAS pode ser medicamentoso, onde a escolha do medicamento irá depender do quadro clínico do paciente e da escolha do profissional médico. É importante ressaltar que cada pessoa possui uma individualidade e uma maneira própria de apresentar os sintomas. Sendo assim, medicamentos para o controle da hipertensão não devem ser tomados sem a prescrição médica. Porém, existem outras formas para evitar a hipertensão ou até mesmo conviver de forma equilibrada com a doença. São os famosos tratamentos não medicamentosos. Esse tratamento consiste na mudança do estilo de vida (MEV), reduzindo o uso de bebidas alcoólicas, adoção de hábitos saudáveis na alimentação, prática de atividade física, controle do peso e fazer o uso correto dos medicamentos. Prefira sempre temperos naturais, evite alimentos industrializados e diminua o consumo de gordura.
É importante manter o cuidado com a saúde a partir de práticas corretas e saudáveis no dia a dia. “Se não tivermos tempo para cuidar de nossa saúde, com certeza seremos obrigados a arrumar tempo para cuidar da nossa doença” (Lair Ribeiro).
